CREDIBILIDADE EM PAUTA

O desafio da credibilidade do jornalismo na web

CREDIBILIDADE EM PAUTA

Posted by gruponewton em dezembro 1, 2008

Este é o relatório Técnico Científico que originou este blog.capatrabalho

credibilidade-na-web

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Discussão inicial

Posted by gruponewton em novembro 25, 2008

             Todo o desenvolvimento deste trabalho foi permeado pelo interesse em discutir a credibilidade do jornalismo online.

Durante dois períodos de estudo sobre o tema credibilidade na web, procuramos dados, perguntamos a estudantes sobre suas preferências graus de confiança em se tratando de busca de informações na internet, conversamos com vários profissionais sobre o tema e pesquisamos inúmeros autores, entre eles Micthel Stephens, Pierre Levi, Anthony Giddens, Jhon Thompson, Marshall Mcluhan e Wilson Dizard.

Entre os entrevistados destacam-se, a socióloga Ruth Ribeiro, a psicóloga Sylvia Flores, o jornalista do Portal O Tempo Luis Fernando, o jornalista do portal UOL Fernando Lacerda, e a jornalista do Portal Uai Elaine Resende.

As respostas obtidas levaram à conclusão de que a credibilidade, não só do jornalismo online, mas como de qualquer outro formato tradicional, depende fundamentalmente da dedicação dos profissionais, da solidez marca e do tempo de atuação do veículo. Mas, assim como em outros segmentos das relações sociais,  não só disso, como se pode perceber nas afirmações de Anthony Giddens, um dos autores citados nesse estudo. Segundo Guidens “A confiança não é o mesmo que fé na credibilidade de uma pessoa ou sistema; ela é o que deriva desta fé. A confiança é precisamente o elo entre fé e crença”.

            Fizemos uma pesquisa de opinião junto a 100 estudantes de vários cursos superiores, de ambos os sexos, com idade entre 17 e 35 anos.

Os resultados principais estão expressos abaixo. Aos entrevistados foi permitido marcar mais de uma opção.

 

a) Em que tipo de veículo de comunicação você mais confia ?

 

Segundo nosso universo de pesquisados, o jornal impresso ainda é o veículo com maior grau de confiabilidade, sendo citado por 55% dos entrevistados, enquanto 30% citaram internet.

 

b) Você acredita em tudo que lê na internet ?

 

            A maioria dos entrevistados declarou só acreditar em tudo que lê na internet ocasionalmente. 5% disseram que sempre acreditam, 5% que raramente, e 5% disseram que nunca acreditam na internet.

 

c) Em que tipo de veículo busca informação ?

 

Aqui, também foi permitida mais de uma resposta. 85% dos entrevistados disseram que buscam informações na internet, enquanto 60% buscam na TV. O Jornal impresso, que é citado anteriormente como principal fonte de credibilidade é o 4º mais citado. O que nos leva a crer que há uma quantidade enorme de informações na internet que simplesmente não recebem nenhum crédito por parte dos usuários.

Baseados nas declarações dos profissionais da área, percebe-se que um veículo jornalístico online busca a mesma credibilidade que os demais, não ocorrendo nenhuma diferença no momento de produção da notícia. Além disso, acreditam que para trabalhar nesse tipo de veículo, o jornalista ainda necessita ainda mais de conhecimentos técnicos, pois é o responsável por redigir matérias de diversas editorias, titular, editar, publicar, legendar fotos e utilizar recursos de hipertexto como: vídeos, podcasting, infografias, entre outros.

            Nesse sentido, o estudo feito apesar de ter-se limitado a um universo relativamente restrito, revelou alguns aspectos significativos. Percebemos que, mesmo com a facilidade ao acesso às novas tecnologias, os estudantes pesquisados tendem a buscar na internet informação apenas como ponto de partida. Isto revela que a afirmação do jornalista Luis Fernando Rocha está correta quando se refere ao fato de as pessoas necessitarem de ter um documento em mãos para se sentirem mais seguras em relação à notícia. Segundo o jornalista, o fato da notícia estar impressa confere mais credibilidade, pois depois de impresso o documento não pode ser mudado, atualizado a qualquer momento como ocorre com a internet sendo assim uma “garantia” da informação ser definitiva. A descrença das notícias lidas através da internet nos chamou a atenção, apenas 5% dos entrevistados acreditam sempre nas informações que buscam na internet. 70% dos respondentes acreditam apenas às vezes. De acordo com a jornalista Geane Alzamora a credibilidade de um veículo está relacionada na confiabilidade que o cidadão tem no profissional que seleciona a notícia. Ou seja, a consolidação do veículo, bem como a marca fazem diferença no processo de construção da credibilidade.

            Pretendemos portanto, com a publicação do blog www.gruponewton.wordpress.com , produto deste estudo, abrir um fórum dinâmico para o tema, apresentando opiniões colhidas pelos autores assim como uma coletânea de documentos multimídia propostos ou produzidos por outrem, mas que possam apontar respostas às questões propostas. O site evidentemente é uma publicação dinâmica e não pretendemos que se resuma ao conteúdo desse estudo inicial, mas que possa receber outras contribuições à medida que o tema torne-se mais abrangente.

Vale ainda destacar que a internet tem papel reconhecidamente importante na democratização da informação e na rapidez da veiculação, mas os processos pelos quais se dá a construção da credibilidade ainda são relativamente desconhecidos, embora já se saiba que a imagem agregada do jornalista, a solidez da marca do veículo, assim como a capacidade do leitor para filtrar informações sejam componentes importantes. Julgamos pertinente abordar o tema como pontapé inicial para esse entendimento e acreditamos que esse estudo aponta perspectivas relevantes para a discussão.

             

 

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Gráficos da pesquisa

Posted by gruponewton em novembro 21, 2008

Os gráficos a seguir são fruto da pesquisa aplicada pelo grupo. Foram ouvidos 100 universitários, ambos os sexos, 16>35 anos.

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Sylvia Flores fala sobre psicologia e credibilidade

Posted by gruponewton em novembro 19, 2008

Nesta entrevista, a psicóloga e professora fala sobre os processos internos que nos conduzem a acreditar mais ou menos em determinadas fontes. Discute ainda a importância da internet como ferramenta de disseminação de conhecimentos e consciência.

Mestre em Engenharia de Produção com ênfase em Gestão da Qualidade e Produtividade (UFSC); Pós-graduada em Psicopedagogia (UNI-BH); Psicóloga Clínica e Organizacional (UFMG); Formada em Hipnose e terapia Ericksoniana pelo The Milton H. Erickson Foundation Inc. (Phoenix, Arizona); Formada em Direção de Grupos e Dinâmica de Grupo; Coordenadora do Programa de Autocontrole Emocional para vestibulandos; Professora dos Cursos de Formação Básica em Auto-Hipnose, Psicologia do Esporte, Psicologia e Marketing e Curso de Preparação Psicológica para Provas e Concursos do INSTITUTO RUY FLORES de Psicologia, Professora do Centro Universitário Newton Paiva.

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Luis Fernando Rocha fala sobre jornalismo online

Posted by gruponewton em novembro 18, 2008

Conversamos com o Editor do site TEMPO online, site do grupo que tem também os jornais impressos O TEMPO e SUPERNOTÍCIA. O experiente jornalista nos contou sobre congruências e divergências no exercício do jornalismo online e apontou sua visão para o futuro do jornalismo impresso e na web.

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Estudo de casos de blogs jornalísticos

Posted by gruponewton em novembro 17, 2008

Esse trabalho é um estudo de casos sobre blogs jornalísticos e sua busca por credibilidade.

Ótimo texto. Vale a leitura…

5 blogs monitorados

Clique no link para ler.

5-blogs-monitorados1

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Mídia tradicional tem mais credibilidade que a Web

Posted by gruponewton em novembro 17, 2008

Matéria Publicada no site do UOL. Muito interessante para nossa pesquisa…

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Uma empresa realizou uma pesquisa para descobrir o quanto as pessoas confiam em diferentes fontes de informação. O resultado mostra que a televisão ainda é campeã no quesito credibilidade, muito mais que as fontes na Internet, como blogs ou sites noticiosos, embora estes sejam considerados fontes importantes, principalmente para os mais jovens. Para o estudo, a canadense GlobeScan ouviu 10,23 mil pessoas em países como Inglaterra, Alemanha, Brasil, Rússia, Coréia do Sul, Nigéria, Estados Unidos, Egito, Índia e Indonésia, nos meses de março e abril. Blogs e sites de notícia são os que menos têm credibilidade, registrando 38% e 25% dos votos dos entrevistados. Já as notícias transmitidas pela televisão têm a confiança de 82% dos respondentes. Os jornais nacionais são a segunda fonte mais confiável, com 75% dos votos. Estações locais de rádio e TV a cabo ocupam o terceiro e quarto lugares, respectivamente com 67% e 56%.

Entretanto, 56% das pessoas que responderam à pesquisa consideram a Internet como um meio válido de obter informações e notícia. E essa aprovação vem crescendo ano a ano. O povo que mais confia em blogs e sites é o da Coréia do Sul (85%). Depois vêm os norte-americanos (60%) e os ingleses (57%). A pesquisa da GlobeScan pode ser vista (em inglês) no endereço http://www.globescan.com/news_archives/bbcreut.html.

Outras conclusões da pesquisa foram de que há forte demanda por notícias em todos os países e em todas as idades: sete em cada dez (72%) cidadãos acompanham o noticiário diariamente. Na faixa etária dos 18 e 24 anos, duas em cada três pessoas procuram notícias todos os dias.

A influência do governo sobre o noticiário também foi investigada, e os nigerianos são os que mais acreditam que o governo interfere fortemente nas notícias, com 75% das respostas afirmativas. Seguem a Coréia do Sul (71%), Brasil (64%), Indonésia (59%), Inglaterra (58%), Índia (56%), e Estados Unidos(52%).

A Matéria original está aqui:

http://imasters.uol.com.br/noticia/4058/pesquisas/midia_tradicional_tem_mais_credibilidade_que_a_web/

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Ótima reportagem sobre credibilidade na Net

Posted by gruponewton em novembro 10, 2008

Esse vídeo foi produzido por alunos da faculdade Unisinos e está reproduzida aqui com autorização dos autores. É muito bacana. vale assistir.

 

Vídeo de Marcelo Collar e Larissa de Oliveira, com supervisão de Juan Domingues

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Desafios do jornalismo online

Posted by gruponewton em novembro 7, 2008

           Paulo Valladares, editor do Globominas.com, fala sobre os desafios da profissão.

O jornalismo online enfrenta os mesmos desafios dos meios tradicionais no que diz respeito à construção de conteúdo. Apuração bem feita, equilíbrio, respeito às fontes e acuidade são tão fundamentais quanto em qualquer outro veículo. Sobre isso, nos fala Paulo Valadares, Editor do site “Globominas.com”, ligado às organizações Globo, site que desde o seu lançamento tornou-se um fenômeno de audiência com milhões de acessos mensais. “Não é o meio que dá credibilidade à informação, mas o compromisso da empresa com a veracidade do conteúdo”.  E completa que devido à natureza do veículo, além de rapidez, agilidade e credibilidade das fontes ouvidas, fotos, vídeos e publicação de links para temas relacionados são muito importantes para o jornalismo online.

Segundo Valadares, a Internet ainda é usada por um público mais jovem, mas estudos mostram uma tendência ao equilíbrio, não só na faixa etária, mas nos pontos de acesso (casa, trabalho, escola) e que isso não afeta o processo de construção da credibilidade. “Acredito que credibilidade também faz parte de um processo educativo e crítico do público, que se desenvolve e se constrói”, e acrescenta: “Na internet ou em qualquer outro veículo, a credibilidade é construída com o trabalho profissional de uma equipe de repórteres e editores, com equipamentos, instrumentos e tecnologia de informação”.

            O ambiente online é campo fértil para armadilhas com informações inverídicas e fantasiosas. Este é um dos maiores desafios para os sites de notícia como o “globominas.com”. Valadares destaca que o mais importante é ter discernimento na escolha das fontes e aponta os sites oficiais como os mais confiáveis.

            Comandando uma equipe de 15 profissionais dedicados ao jornalismo online, o editor declara que não há grande distinção nos métodos de produção de conteúdo. Apuração, produção, redação e edição seguem os mesmos padrões, apenas com adequação à linguagem. “A linguagem da internet tem peculiaridades, mas na essência deve manter as qualidades de um bom texto: brevidade, simplicidade e objetividade”. E vê na grande capacidade multimídia da internet o diferencial de mercado. “Acredito que com o crescimento da banda larga, a internet consegue reunir todas as possibilidades de conteúdo, que em outros veículos ficam restritas às suas plataformas”. E olha para o  futuro: “A mídia vive uma permanente revolução de tecnologia desde a invenção da prensa por Gutemberg. Na era da informação, a velocidade das transformações tem sido o maior desafio, mas também uma grande oportunidade para os veículos de comunicação”.

 

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Internet e credibilidade – pequeno histórico

Posted by gruponewton em novembro 6, 2008

A criação da internet ocorreu em meados dos anos 80 como ferramenta de proteção militar do sistema de comunicações Norte Americano durante a chamada “Guerra Fria”.  

A Guerra Fria ficou conhecida pela disputa da supremacia mundial protagonizada por Estados Unidos e União Soviética após o término da Segunda Guerra Mundial e posteriormente popularizada principalmente com o desenvolvimento de aplicações gráficas e do conceito de World Wide Web (rede mundial de computadores interligados) os meios para transmissão de informação ganharam caminhos alternativos.

Cabe aqui uma breve explicação. Embora as ferramentas de interface com o usuário e a capacidade de tráfego de dados tenham aumentado exponencialmente desde que a rede tornou-se pública, o modelo inicial não sofreu alteração. A idéia de uma rede (net) ilustra bem o conceito: centenas de milhares de pontos interligados de maneira aleatória. Dessa forma, se um ponto se quebrar, somente parte da rede é comprometida e a informação pode encontrar rotas alternativas. De fato, isso acontece o tempo todo. Cada computador desconectado é um ponto rompido na rede. Seria, portanto, praticamente impossível comprometer completamente o tráfego de dados. É a idéia oposta à da corrente, onde um elo quebrado interrompe o fluxo.

Os recursos que a internet disponibiliza foram evoluindo, aumentando sua base de usuários e se expandindo em termos de conteúdo. Na grande rede pode-se encontrar virtualmente informações sobre tudo o que a cultura humana produz, ou já produziu. As notícias jornalísticas, naturalmente também sofreram evolução na forma como são transmitidas.

A possibilidade de agregar conteúdo e disponibilizá-lo para outros usuários criou canais pessoais de divulgação e alterou-se o paradigma da comunicação de massa. Agora não há apenas a comunicação de um para muitos, mas também a de muitos para muitos. Cada usuário passa a ser uma testemunha, um produtor de material em potencial e livre para experimentar não só no conteúdo, mas também na forma.

Na esteira da popularização da internet vieram as pesquisas para desenvolvimento de tecnologias que pudessem deixar a rede acessível não só em terminais de computadores, mas em outras situações. Mobilidade tornou-se fundamental e surgiram equipamentos capazes de se conectar através de sinais de rádio, as chamadas redes wireless. Outros aparelhos já comuns, como os de telefonia móvel, tornaram-se também plataformas de acesso, e mais que isso, verdadeiras centrais de produção, com captação de imagem e som. Registrar o mundo e compartilhá-lo na rede ficou fácil e está cada vez mais barato.

Com a popularização dessa ferramenta de divulgação de informação, dando acesso irrestrito aos usuários não só à recepção, mas também à produção e divulgação de conteúdo, surge um novo questionamento: Em quem se pode acreditar?

Como se sabe, qualquer tecnologia sofre direta influência do caráter de seus usuários. Desde que começamos a andar por esse planeta, temos criado artefatos que puderam ser usados para bons fins ou não. Uma simples faca pode servir para preparar a alimentação de uma criança ou para assassinar um inocente. Depende da intenção de quem a manuseia.

Assim, à medida que torna-se cada vez mais fácil publicar conteúdo na internet, também cresce a importância de conhecer a qualidade das fontes desse conteúdo.

Especialmente para os jornalistas que trabalham, e para aqueles que trabalharão com essas novas ferramentas, é primordial conhecer os mecanismos para a construção de um ambiente de confiabilidade, em que o usuário acredite e que se torne fonte de referência.

Assim, o projeto tem como objetivo analisar a construção da credibilidade do jornalismo na internet através da criação de um weblog para discussão do tema que explicaremos mais à frente.

Este blog será baseado em entrevistas com usuários da internet, especialistas da área de comunicação, tecnologia da informação, sociólogos, psicólogos dentre outros, com o objetivo de determinar a relevância de aspectos influentes na construção da credibilidade do jornalismo da internet.

(extraído do projeto experimental)

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